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Pouco
a pouco, apaga-se o brilho do olhar daqueles que amanhã virão
assistir o nascer do Sol. A podre sociedade continua a mesma e nutre
sua cegueira em pró da fétida visão de poucos. Rogo a tua
misericórdia Diké! Estou no espaço muito íngreme da montanha e
observo que buscar falsas soluções tem sido o ofício da maioria.
Aliás, é a maioria que sempre conduz a tribo para o que é vazio e
macabro.
O Ser singular precisa despertar a
radicalidade do Ser plural. Mas, Diké...! Por que tal coisa não
acontece?! Os míseros da Vila privam-se de transformações para
nomear ladrões de uma mesma quadrilha. Enxergam apenas dois polos
que são externamente distintos, porém, iguais em seu interior. O
corpo social que visualizo caminha para um espaço sem leis, sem
deuses, sem cores, e com “nada” apenas.
Tudo
e todos permanecem estáticos. Dizem que há uma luz no fim do túnel,
todavia, não há quem possa acendê-la. Os nossos mestres acampam no
picadeiro central do Grande Circo tentando desmistificar a aura de
palhaços atribuídas a eles por seres humanos hemípteros; inúmeros
sacrilégios ainda ocupam o mesmo espaço que o nosso, numa busca
incessante de sufocar os ideais da minoria que se mantém na guarda
de seu palácio intelectual.
Tendo
em vista a velocidade com que o nosso mísero barco a vela afunda, a
única solução que enxergo nesse ambiente embaçado, ocupa o
terceiro lugar. Fazer do número 3 o número 1, significa realizar
uma mega transformação, pois, estaremos a percorrer caminhos que
vão muito além das curvas próprias de tal algarismo. Incontáveis
três são vitimados pela mesma desgraça. Já temos o fato. Necessitamos da utopia.
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