quarta-feira, 24 de julho de 2013

O PAPA E A POMBA



FACEBOOK/REPRODUÇÃO
A visita do Papa Francisco I está causando um alvoroço em diversos setores do cenário brasileiro. Mas, afinal, o que o Papa veio buscar no Brasil?!

Ao pisar em solo brasileiro o líder da Igreja Católica Apostólica Romana, proferiu uma mera anedota que possui um teor pejorativo e que está intrínseco nas delimitações do modo sarcástico de se dizer algo. Mas, como há quem diga que é coisa de argentino, não me aprofundarei, pois, no Brasil, tal briga poderá resultar em jogo de futebol. 

Uma fotografia do Papa Francisco I está circulando no FACEBOOK. Na imagem, o papa foi flagrado com uma singela pomba branca que pousou na sua mão esquerda. Dizem que no momento em que o Papa realizou uma mera "saudação", uma pomba pousou em sua mão, lembrando o fato que ocorreu com São Francisco de Assis. Coincidência de mais, ou treino exagerado?!

Será que tal fato, ocorreu propositalmente? Elucubrações a parte, vale salientar que a autoridade clerical não foi bem recebida pelos brasileiros. Destarte, nada melhor do que a pureza de uma pomba branca para apaziguar os corações rebeldes. Não acham?!

segunda-feira, 15 de julho de 2013

A DIFERENÇA ENTRE O NEGRO E O BRANCO



Gustavo estava fazendo o último ano da faculdade, após sua formação conseguiu um emprego de secretário. Quando o patrão viu Gustavo, não quis contratá-lo, porque era negro, mas ele teve que contratar porque não tinha ninguém com o mesmo currículo. Na faculdade, tirava as notas mais altas.

Nos primeiros dias foi difícil se comunicar, pois, seu patrão o tratava mal e por isso, Gustavo não olhava no rosto dele. Era tratado com diferença por causa de sua cor. Outros operários eram brancos e isso deixava Gustavo triste, porque ninguém interagia com ele.

Ao chegar em casa, à noite, a família o abraçava e ele esquecia o dia mal que havia tido. Dizia ele: 

Só trabalho nesse lugar, poque sustento meus pais e minhas duas irmãs. 

No outro dia Gustavo foi entregar um documento para o dono assinar. Tomou coragem e perguntou:

Porque me tratas mal?! É porque, sou negro e pobre? Tenho orgulho da minha cor. Eu trabalho e sou um homem digno. Nunca roubei nada de ninguém, tampouco irei roubar; Pois isso é desonesto. Por eu ser negro, não quer dizer que não mereço um emprego. Ganhei uma bolsa de estudos e me esforcei para ser o melhor da minha turma. Eu nunca tive nada fácil. Sempre tive que trabalhar para conseguir o que queria. Ninguém é melhor que eu, também não sou melhor que ninguém. Todos nós temos direitos iguais. 

Assim que Gustavo terminou de dizer o que queria, o seu patrão, Dr. Carlos Rayme, pediu desculpas e reconheceu que sempre esteve errado em relação aos pensamentos que tivera sobre aquele jovem.


                                                                         Rosimere Silva
                                                                    (Aluna do 9ºano "A")

sexta-feira, 12 de julho de 2013

CENTRAL DO BRASIL



No sertão do Piauí, a população sofria com a falta de água. A seca afetava a agricultura, a economia e a saúde das pessoas. Pablo estava no meio de todos esses problemas, pois seus pais sustentavam-se da lavoura e, com a estiagem passaram a viver em condições precárias. Já velho, doente e preocupado com o futuro do filho, o pai de Pablo decidiu mandá-lo à uma periferia de Brasília para viver com a tia.

Antes de partir, a mãe o aconselhou a nunca envolver-se com política, pois culpava o Estado pela situação delicada que passava, porquanto os político nunca investiam o necessário para a resolução dos verdadeiros problemas brasileiros e, seu filho jamais esquecera daquele conselho. Com relutância, o menino partiu acompanhado por um amigo da família.
Após dois anos, Pablo recebeu a noticia de que seu pai havia falecido. Por dificuldades financeiras, não poderia vê-lo pela última vez. O fato de não poder comparecer ao velório do próprio pai, o entristeceu amargamente.

Pela falta de orientação dos familiares e pela convivência com meninos de má conduta, Pablo tornou-se um adolescente violento e passou a se envolver em confusões na escola. No entanto, preferiu mudar quando conheceu Maurício. O novo professor era um homem respeitoso, que valorizava e incentivava os seus alunos; apegou-se a Pablo e sempre dizia para ele nunca parar de estudar, porque acreditava que só a educação transformaria o futuro do garoto. Admirado, o menino prometia a si mesmo que quando crescesse iria ser igual a Maurício.

Depois que Pablo terminou os estudos, ia todos os dias até o centro urbano da cidade à procura de emprego. Contudo, o que encontrou foi uma maré de dificuldades e preconceitos. Por ser negro, alto, forte e andar mal vestido, as pessoas relacionava-o à marginalidade. As vezes, no trânsito, quando ele se aproximava dos carros, os motoristas levantavam os vidros dos seus veículos, assustados. Diversas vezes, ao ser desprezado em alguns locais onde procurou trabalho, as pessoas maltratavam-no, dizendo que não precisavam de um bandido favelado, vagabundo sem educação. Em virtude desse acontecimento, Pablo revoltou-se e acreditou que por ser pobre, nunca na vida teria voz, nem vez dentro da sociedade. além disso, por ser um jovem ambicioso, que desejava sua independência rapidamente, deixou que seus “amigos” lhes mostrassem um caminho mais “fácil”. Desse modo, ele começou a ganhar dinheiro traficando drogas e roubando. Porém, certo dia, assaltou um homem, sem saber que se tratava de um policial e acabou preso.

Atrás das grades, Pablo amaldiçoou a si mesmo e recordou de toda sua vida até ali. Ele se arrependeu dos erros que cometeu, lamentou ter desistido tão cedo de lutar por igualdade. Entretanto, não podia voltar no tempo, e assim, foi fadado a sofrer as consequências dos seus atos e a viver submisso perante a justiça, como um pequeno cão.


                                                                                              Gabriela Vital
                                                                                    (Aluna do 9ºano "A")












NEGÓCIOS EM COMPETIÇÃO



Na cidade de São Paulo um rapaz de nome Alberto estava pensando em montar um negócio. Com ajuda dos pais e apoio dos amigos, comprou um prédio simples e seguro, mas que daria para montar uma loja. Os negócios estavam em ótimo desempenho: muitas vendas, lucros altos, etc. Mas, logo surgiram os problemas.

Bruno, de classe alta, observou o trabalho e percebeu que Alberto estava progredindo, em seguida montou uma loja maior, elegante e confortável. Esses detalhes fizeram com que Alberto perdesse clientes. Contudo, Alberto não se deixou intimidar, pois não iria desistir do seu negócio. Desde o início das vendas ele mantinha uma certa quantia de dinheiro no banco e a usou para modernizar sua loja. Bruno não se importava com seus próprios desempenhos, todavia o que lhe interessava, era mostrar seu nível social.

Alberto tentou de todas as maneiras reconquistar seus clientes, porém não conseguiu. Suas economias ficaram pouquíssimas e o que lhe restou foi fechar sua loja e vender o prédio. Após tais acontecimentos, a solução era procurar um trabalho, porque seus pais eram aposentados e o salário da aposentadoria nesse momento, tornava-se insuficiente para suprir suas necessidades.

Alberto visitou vários lugares, mas não encontrou trabalho. O jovem, entristecido, tornou-se um alcoólatra. Seus pais, preocupavam-se, porque tornou-se um vício. Viviam desesperados, angustiados com a vida. Com os passar dos anos ele se recuperou, seus pais faleceram. Alberto nunca mais viu aquele rapaz, de nome Bruno. 


                                                                                         Edlânia Domingos
                                                                                       (Aluna do 9ºano "A")
 

quarta-feira, 10 de julho de 2013

A IRRESPONSABILIDADE DOS MOTORISTAS



Numa tarde de domingo, estavam duas crianças brincando de pega-pega (brincadeira, na qual um criança corre atrás da outra e tenta pegá-la, conhecida também como toca- toca), uma delas correu para rua sem ver o carro que vinha logo a frente. O carro estava em alta velocidade e o motorista não teve tempo de frear, acabou atropelando a criança. O motorista, por sua vez, fugiu sem prestar socorro.

Já no hospital, o médico veio falar com a criança acidentada.

- Oi! Disse o médico. A criança não respondeu.
Quando resolveu perguntar quem eram os seus pais, ela finalmente respondeu:
- Não sei! Disse com muita dificuldade . Os olhos do médico encheram-se de lágrimas, então perguntou:
- Onde você mora?
- Moro na rua!

O médico não resistiu e começou a chorar. Nesse momento, o aparelho que media os batimentos cardíacos da criança, emitiu um sinal de socorro. O médico ficou desesperado e fez de tudo para reanimá-la, mas não conseguiu. Naquela hora, se foi a criança. O médico ficou louco. Não sabia o que fazer.
Depois do que ele viu e ouviu, não tinha nada a fazer se não enterrar aquela criança como se fosse de sua família. Após o enterro, o médico foi para casa e no caminho resolveu escrever um livro sobre o acontecido. Depois de publicado, o livro fez muito sucesso, todos que leram amaram.
Em um trecho do livro o médico dizia:
“Aquela criança será agora, o meu anjo da guarda”.





                                                                                       Beatriz Faustino
                                                                                   (Aluna do 9ºano "A")

"VAMOS TE CONTAR"

Capa do Minilivro: VAMOS TE CONTAR.

O Blogger Ciclo das 6Existências estará publicando na sequência, contos de autoria de cinco alunos do 9º ano "A" da E.E.E.F.M. JOSÉ LINS DO REGO. Todos os contos fazem parte de um minilivro que nasceu a partir das aulas de estágio, desenvolvido na referida escola com o apoio da Professora de Português, Regina Soares Evangelista.

Com objetivo de entreter e conscientizar o público leitor, em especial, infanto-juvenil, os contos trazem estórias interessantes de personagens que retratam os diversos tipos de pessoas que compõem o universo social e humano no qual estamos inseridos. 

Na próxima postagem, traremos um conto de autoria da aluna Beatriz Faustino que demonstrará de uma forma interessante, o que pode surgir a partir da relação entre um médico e um simples paciente.