quarta-feira, 20 de março de 2013

Pilar - PB: No Apogeu do Declínio.

Foto: Google imagens.
       Qual palavra invariável com o poder de modificar o verbo, o adjetivo ou o próprio advérbio, ou até mesmo oração equivalente seria de fato propícia para expressar uma bela circunstância de modo, com intuito de caracterizar o último ocorrido na cidadezinha de Pilar-PB?
       Embora sendo conhecedor de grande parte delas, confesso que não sei; tal advérbio de modo, agora me foge à memória enquanto estou  a lembrar da materialização do inútil e do vulgar a que tanto a sociedade pós-moderna ama. Assim, como o apóstolo João, mas não em situação apocalíptica, eu vi a degradação humana, dos direitos morais e do decoro político-social.
       Eu vi sem que nenhuma trombeta tocasse o sinal da Besta naquela gente, o gigante Golias devorou os diversos Davis na terra do - desvalorizado por sua gente - José Lins do Rego. Mas de onde vem essa força?! Certamente, deduzo que seja da época dos "Senhores"; onde tudo era conseguido através da imposição, porém os tempos são outros e conseqüentemente a forma de impor também.
       Bom, a Vila Real do Pilar ainda é o tema da vez, afinal de contas na cidade não se fala em outra coisa. Seria do ponto de vista significativo, uma forma  de colisão de ideais e gente diferentes.
     Toda cidade recebeu outrora um amarelidão especial, mas o "especial" não passou dos meios-fios, e  também não saiu da mesa dos beneficiados pelos orgíacos festins.
     A cúpula possui uma aguda malícia e capacidade magnânima de conseguir conjugar ao pé da letra o verbo "tirar" dos que não tem. Porém, se abre um questionamento a fazer pelas entrelinhas deste texto que estou a construir, e que agora jaz estás a ler ,leitor do Ciclo das 6existências. Deixo escapar sem hesito a seguinte sentença fonética: Será essa a eficiente medida a tomar para sanar os problemas (Obras atrasadas, outras no papel, salário atrasado, etc.) do munícipes pilarenses ? Ou será que uma pobre pintura na Sede da Prefeitura, encherá a barriga dos que pra lá olharem? E amanhã?! Será que ainda terão o caldo do feijãozinho do dia anterior? Não sei. Certamente, nem vós que estais a ler sabeis. Também, não te preocupes agora com isto, adiantemos, pois o próximo parágrafo te espera.
      Há em Pilar quem exalte o imaginário inexistente em suas obras de quintais. Todavia, não se ver em Pilar turistas atraídos pelos romances de Zé Lins.E dizem que Pilar é conhecida até os confins! Talvez esteja dentro de uma caixa selada sob os cuidados de Cérbero. É este o guardião das portas dos Ínferos.      
     Quando temos visitas estrangeiras, na verdade é porque estes são atraídos por um trio zinho rodeado de pisca-piscas que se move ao som do melo da mulher maravilha enquanto todos os seus seguidores estão, cerebralmente falando, dando duplos quiques nas latinhas. Em reação a este fato, emergem do vazio para o vazio diversas garrafas e taças plásticas como se brindassem a "Tudo"! Tais festas bacanais são responsáveis por maquiar a situação agora exposta. Digo isto, porque sei que se tivesse salário em dia e festas trimestrais a maioria não estava a se sentir ofendida pelo sistema de governo.
      Em outubro de 2012, em plena realização de atos concupiscentes, aborígenes da mais pura miséria e desolação humana, eu vi estrelas caírem bem no centro de um marzinho de gente. Ouvi a voz que não era do trovão, no entanto, relampeava e alcançava a velocidade de um raio, trazendo consigo a futilidade e alienação em massa. Observei atento a mediocridade caminhando de mãos dadas com a promiscuidade e saudando a "Era" do Só.
     Demagogia, desvalorização da educação, desrespeito, descompromissos eram plantados, ao passo que os frívolos eleitores nem se quer indagaram a sua própria existência. Mas aplaudiram de pé, “o seu futuro”. Jaz vejo, cidadãos se comportarem como Édipo Rei, que não conseguiu mudar o seu próprio destino.
       Eis que à porta chegou a dor, esta sem sombras de dúvidas foi sentida como uma ferida mortal na alma da intelectualidade; Temos no centro do poder e como maior atração, a incessante agonia da depravação humana, além do xeque-mate da profundimétrica alienação do Eu, Tu, Ele, Nós, Vós , Eles.
       Um montante de míseros cidadõezinhos ( por eles considerados), clamam os seus salários como se este não lhes fosse de direito, nesta mera pacata cidadezinha chinfrim: Pilar - PB, Brasil. A terra do escritor romancista José Lins do Rego.
  

2 comentários:

  1. ADRIANA RAMOS DO MONTE20 de março de 2013 às 22:16

    INFELIZMENTE A HISTORIA DE JOSE LINS DO REGO FICA SO NO PAPEL,TEMOS A CONCIENCIA DE QUE A NOSSA CIDADE PODERIA ESTAR CHEIA DE TURISTAS QUE ALEM DE CONHECER NOSSA HISTORIA PODERIAM COM ISSO AJUDAR A CRECER AINDA MAIS .A NOSSA CULTURA,GERAR MAIS EMPREGOS E A CONSEQUENCIA DE TUDO ISSO COM CERTEZA,SERIA UMA PILAR MUITO MAIS EVOLUIDA.E POR ISSO QUE NOS COMO CIDADÃOS,ELEITORES DEVEMOS FALAR,EXPOR NOSSAS IDEIAS.NÃO ESTAMOS A CRITICAR A NOSSA CIDADE MAIS SIM A EXERCER O NOSSO DIREITO,QUE E COBRAR PELAS MELHORIAS E PROMESSAS FEITAS SEJA EM CIMA DE UM PALANQUE OU EM QUALQUER OUTRO LUGAR.COM RESPEITO E EDUCAÇÃO.

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  2. Enquanto os herdeiros políticos dos "coronéis" governar Pilar, a história de nosso município não mudará. A verdadeira mudança só acontecerá quando o povo, livre e independente, chegar ao poder. Enquanto isso não acontecer... Deus tenha misericórdia de nós!

    Pilar precisa libertar-se
    das amarras políticas do passado,
    para viver um novo tempo
    de transparência na gestão pública,
    de desenvolvimento, de prosperidade,
    de valorização da nossa cultura
    e, principalmente, de respeito ao povo.

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