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Neste momento até Hipnos dorme, apenas um dedica-se a fazer a travessia pelo rio Aqueronte e aparentemente sem fim.
No muro das lamentações, centenas de míseros miseráveis agrupam-se a espera de
algo não mais factível. Angelus não mais enxerga um palmo diante do próprio
nariz. Já os bacanais há... Esses como sempre nunca perdem a pose. O que
fazer? Dizem que “os ventos do norte não movem moinho,” e ainda assim, tudo
está tão contorcido! Íngreme!
Neste universo hexaedro, repleto de protuberâncias colossais, já não há mais catedrais, pois todas vieram a baixo
com os gritos da classe de Senhores dos tempos de outrora, sons cheios de
glórias e status macro nupciais.
Grunhidos de dor reboam na mata
virgem da mente dos indigentes, despercebidos. Os desinibidos permissão já não
possuem, para adentrar no palácio colocado ao horizonte. Suprema mesmo é a dor
e a fome, que sem descanso assola os desvalidos. Tristes picos de montanhas que
vivem tão sós, mais solitários que os números primos, não possuem nenhum dos
sentidos e a esta altura quimeras não ostentam mais. É lamentável ter que
estagnar diante dos portais, sentir frio e sede e não poder ser acolhidos, pois
estão caídos, sozinhos e condenados a
permanecerem no vazio, dos porões insanos por um minuto não saem. Ao dia:
caminham no escuro e buscam na noite um lugar ao sol. Que surpresas virão agora? Quais dos dias a seguir brilharão? Para quem
o sol direcionará seus raios?
De um lado estabiliza-se a
cruz, de outro, o retirante e seu cajado, nas laterais está o vazio, e no
interior de cada um “o que já não existe mais”. A intuição do oráculo é
negativa. Os limites insuportáveis. Onde está a mão amiga que noutros tempos fora
deixada para trás?!
A esta altura, o caminho é sem retorno,
não resta alternativa senão enfrentar o mar sem remo e ventos favoráveis,
resta-me desejar boa sorte aos indignáveis e lamentações aos insanos desleais.
Destarte, um dia eles serão todos iguais, sem ametistas, florões e pratas - assim
como lindo é a formosura da mulata – Em um belíssimo dia “Eles” não existirão
mais.