segunda-feira, 15 de abril de 2013

A ausência de originalidade nas telas de Antonio Costta




          À medida que a sociedade avança em busca de ultrapassar as barreiras da pós-modernidade, a arte enfrenta um período de forte destituição ignominiosa de sua originalidade, revelando que, enquanto alguns progridem, outros regridem à procura do seu próprio espaço.
          Privado do poder de visão da águia, visualizo oculto a multidão o ser que profana a caverna do possível, edificada com o sangue dos que foram colocados à margem por não concordar com o sistema nauseabundo que vitima os que possuem um coração inquieto.
        Nas telas pintadas por Antônio Costta¹ é notável a falta de originalidade, pois estamos em contato com algo não-inédito, que já existe, isto é, que imita e que segue vários “alguéns” elípticos nas galerias de imagem do Google. Veja:
Google Imagens
Google Imagens
     Para Kant, “a arte deve ser uma atividade livre, conferindo prazer estético e satisfação pelo simples fato de tê-la construído”. Mas, estética definida, poder de construção e satisfação são exemplos de elementos que faltam em alguns “poetas”.
        É extremamente vergonhoso a postura dos artistas chinfrins que compõem esse mundo conturbado em que vivemos. A todo instante, sem autenticidade, sem métrica, sem armas e dotado de prepotência, objetivam tornar-se micro-deuses de um universo totalmente artificial, demagogo. No interior de cada ser está o poder da criação, aquele que não o domina é considerado um mero estanque de si mesmo, portanto, não enxerga o período ordoviciano, tampouco possui característica feraz.
      Porém, nem tudo está perdido. Por mais hilário que possa parecer, ainda é possível tornar-se um artista. Basta abandonar as atividades de seres anencéfalos assinando uma tela em branco e denominando-a de “Nada”. Dessa forma, se dará um grande passo para a evolução e será possível enxergar a originalidade que estará a fitar os nossos olhos do centro da tela em branco. 


¹.Visualize o perfil do poeta e escritor em:http://www.recantodasletras.com.br/autor.php?id=14685

10 comentários:

  1. DE FATO JOAN SAULO, MUITO BEM COLOCADO, SER ARTISTA NAO É COPIAR, REPLICAR OU IMITAR AS COISAS JA EXISTENTES E SIM CRIAR COISAS NOVAS ONDE NÓS OBSERVAMOS E DE CERTA FORMA ACREDITAMOS QUE AQUILO SIM FOI UMA OBRA DA MENTE HUMANA E NAO UM PLAGIO DE UMA PESSOA QUE QUER ENGANAR AS PESSOAS !!!!!KKKKKK arasouuuuuuuuuuuuuuuu

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  2. Dessa forma pintar o sol, a lua, as estrelas, é um plagio; porque eles já existem: foi Deus que os criou. Quantos artistas inspiram-se em fotografias ou em alguma paisagem para compor as suas obras de arte? Será que pintar Joan Saulo é plagio? Afinal ele também existe. Eu estaria copiando sua imagem para a tela.
    De fato inspirei-me em imagens da internet sim. Imagens de domínio público. Mas uma coisa há de concordar: minha tela é unica. Do jeito dela, com sua beleza (ou feiura) só existe uma no mundo! Se existir outra idêntica, por favor, mostre-me.

    Não me assusta esta crítica vinda de minha terra natal que tanto amo. Afinal "o profeta em sua terra não é reconhecido". O mundo é grande e Deus é maior.
    Abraços.

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    1. Creio que ainda não tenhas entendido o que é "originalidade". Se me permites discordar, friso que se o profeta não é reconhecido em sua terra é porque alude a práticas que se opõe a legitimidade de seus ideais. Abraços!

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    2. Abraços Antonio da Costta, mas na verdade "a seca" já é muito flagelada pelos politicos indecentes...
      E se as artes também forem......!
      Paciência!!
      fica complicado!

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  3. "A originalidade reside na impressão pessoal subjetiva, no lançamento de uma idéia, enfim, na projeção do invento e no despertar inusitado da criação sobre algo que de alguma forma já existe, por mais sempre haja a natural pretensão de se querer fazer algo novo."

    http://recortescriticos.blogspot.com.br/2009/03/ser-original-na-arte-e-na-vida-e-saber.html

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  4. De fato, não entendestes meus argumentos....inacreditável. O artigo acima, a respeito do bigode de Monalisa, tem outro propósito que não condiz com o seu, ou seja, é algo que vai muito além de suas fronteiras artísticas.

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  5. Obrigado, Joan, pela aula de arte. A uma artista aqui em São MIGUEL que tem estes traços de originalidade,Dona Cloris Vieira.

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  6. Nobre Joan, muito obrigado pela crítica. Ela é a maior forma de motivação que existe para mim.
    Os elogios são bons, mas a crítica provoca em mim um entusiasmo muito maior. Sei que utilizei algumas imagens que não são inéditas na composição de minhas primeiras telas, mas isso não quer dizer que não tenho plena capacidade de pintar uma tela extremamente original.
    De certa forma, a crítica não deixa de ser uma grande divulgação do nosso trabalho.
    Não guardo ressentimentos. Abraços.

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