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Homem, carne sem luz, criatura cega,
Realidade geográfica infeliz,
O universo calado te renega
E a tua própria boca te maldiz!
Augusto dos Anjos.
(HOMO INFIMUS)
Percebe-se
que o individual ultrapassou e aos poucos vence o coletivo. A
minoria, goza de privilégios que ofuscam os direitos da maior parte
da população. Dessa forma, defendem com unhas e dentes a supremacia
do Só. Até porque, sabem que serão recompensados pela
incompetência de vencer o mundo marginalizado.
Existe
um ser que representa a pluralidade dos elementos vivos e não vivos
que compõe a sociedade. Enquanto o sistema se mantém inexorável,
trinca gradativamente de forma imperceptível. O poder martiriza a
sociedade com extrema dedicação e ousadia. Em seu campo individual
não há lugar para misericórdia.
Infelizmente,
o ser plural se deixa ludibriar diante das inúmeras máscaras que
escondem um ser vazio e um cenário obscuro. Em cada alma há uma
porta fechada aprisionando os Zumbis e Lampiões; Ao mesmo tempo, em
meio a poeira da caatinga, eis que surgem Severinos e Josés passivos
com intuito de presenciar a queda da montanha que reside no interior
de cada uma de nós.
A cada
abalo sísmico, fartos de animais em extinção, falece um herói que
nos viu crescer almejando ser incorporado. Temos à porta um futuro
macabro e ausência múltipla de percepção.
Para que
nasçam cidades, multifaces, sóis, deuses, cores e unidade plural,
anseio que cada pequenino vivente extraia da inutilidade das coisas a
astúcia da serpente para que a transforme em ação fractal.
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