Viver a esmo. Eis a maldita sina do ignorado! O cidadão que assiste permanece estático. Comporta-se como uma mísera tilápia presa a redes que quebram o elo de suas escamas para em seguida, partir-lhe a carne de forma fria e silenciosa.
A cada passo que se dá, ouve-se um estrondo produzido pelo nefasto corpo ao tocar o solo. A honestidade caiu! Está a provocar vergonha em quem ainda guarda um pouco dela em si. Produzimos o pobre que temos em casa, e mesmo assim, nos meses "oito" exala-se a alegria dos carnavais.
O ser comum é aquele que pode ser facilmente comprado, que se comporta de forma ignorante, ou seja, é o mesmo marginal que dá vida ao marginalizado. Mas há cada quatro anos estes raquíticos, infames conseguem o traje da "festa" de forma heroica e instantânea.
Somos vitimas e produtos de nossas próprias ações que são praticadas nesse universo chulo, cancerígeno, controverso. Quantos há no quadrado do insucesso a demonstrar suas incapacidades cerebrais?! Certamente, não é do desejo do rei que os seus súditos animais viabilizem o retorno do caminho inverso. Aqui não se pratica a ordem, tampouco o progresso; já o democrático é "pássaro" que estas terras não sobrevoam mais.
Presencio com a dor da fome o ser ininteligível fabricando o seu próprio sucesso com os Reais da moçada que cresce em músculos e não em neurônios, mas que acham maravilhoso demonstrar a sua menoridade intelectual ao brigar como feras irracionais em festas.
É verdadeiramente duradouro o espetáculo gratuito proporcionado pela Desgraça e pela Miséria. Estas, por sua vez, transformaram-se em estrelas sem as quais a indecente plateia do mundo pós moderno não sobrevive mais.
0 comentários:
Postar um comentário
Deixe o seu comentário, ficarei feliz por isso...