quarta-feira, 11 de setembro de 2013

REGRA x EXCEÇÃO - Diferentes relações em um só plano

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A todo ser que nasce é dado um lugar a ser ocupado, um destino a ser seguido, uma forma de se comportar, além de outras tarefas que deverão ser realizadas de acordo com os conceitos éticos e morais, elaborados pela sociedade como sendo regras básicas que por sua vez, deverão serem seguidas.

Em meio a tantas normalidades que ditam as formas de comportamento e o modo de agir de cada indivíduo que atua no meio social, assim como também, fora dele, percebe-se que o valor semântico que é atribuído pelo prefixo "a" quando este se une a palavra "normal" (a+normal=normal) é concebido como sendo um fator destruidor de todos os valores até então conservados. O novo prejudica, incomoda, provoca anseios diversos, desequilibra e descontenta. O descontentamento é proveniente da incapacidade, que um indivíduo possui, de se estabelecer de forma precisa e calma perante algo, e coloca-se como sendo o elemento denunciador de qualquer existência falsa de valores ou qualidades em um só plano.

Ao visualizarmos um globo terrestre, por exemplo, encontramos os nomes de diversos países. Supondo que cada ponto marcado no globo com um vocábulo, que indica o nome de um determinado país ou região, seja considerado uma dimensão, imediatamente perceberemos as múltiplas formas existentes de se visualizar tal objeto (o globo terrestre) por ângulos distintos. Destarte, nenhuma visão será igual a outra.
O mesmo ocorre com certas concepções que um outro indivíduo pode formar a respeito de uma determinada coisa. Todavia, para algumas pessoas, tal fato não poderá ser possível por estas pessoas estarem mecanicamente acostumadas a construir ou conceber ideias a partir de um fator originador que é oriundo do "óbvio", isto é, de uma forma ou método singular de se promover a difusão de ideias e percepções de uma determinada coisa, seja no plano interno ou externo.

Considerando as diferentes relações e possíveis reações entre algo considerado como sendo "normal" ou "anormal", passaremos a entender, basicamente, o processo que ocorre para que algo seja considerado regra ou exceção.
Alguém que se propõe a seguir a regra, de quando em vez, ocupa o plano da exceção, contudo, para satisfazer os seus caprichos e vontades de forma parcial e superficial, porque ,para este alguém, não há um sentido real fundamentado na regra que está a seguir. 
O contrário ocorre quando um individuo que ocupa o plano da exceção, resolve se construir no plano da regra, pois é visto como um "anormal", assumindo uma figura de destruidor dos princípios morais e éticos que compõe a estrutura organizacional do plano da regra.

É através dessa forma de intersecção entre os planos "regra e exceção" que as relações paradoxais ocorrem de forma desmedida e opaca, pois é por meio da unidade que obtemos tudo que há de plural. Já através da pluralidade nos transformamos em exceções que acabam se opondo às regras, quebrando pouco a pouco os elos que constituem a forma anatômica da normalidade em si, sem que sejam vistas e tampouco sentidas, culminando em mais uma contradição existente entre tantas outras que compõem as inúmeras formas de relação desse mundo pós-moderno e multifacetado, mas que, portanto, é visto por um único ângulo.


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